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Negócios, negócios, negócios.
O esporte continua a ser uma área de interesse de investidores de todos os tipos, 😊 origens e bolsos.
Nesta semana, vamos tratar de alguns movimentos anunciados na imprensa e como eles se conversam (ou não), com 😊 estratégias de negócios no esporte.
Começamos pela tentativa do fundo soberano da Arábia Saudita (PIF) de comprar a gestão da F1, 😊 que hoje está nas mãos da Liberty Media.
A suposta proposta pelo controle da modalidade teria sido de US$ 20 bilhões.
Vamos 😊 lembrar algumas coisas: a Liberty Media comprou os direitos da F1 em 2017 por US$ 4,5 bilhões.
Desde então vimos uma 😊 revolução na modalidade, como o lançamento de um app próprio de transmissões e a estreia da série "Drive to Survive", 😊 que trabalharam no aumento do interesse pela categoria a ponto de ela definitivamente conquistar o mercado americano.
Sem contar a expansão 😊 pelo Oriente Médio – serão quatro provas na região na temporada 2023 – e a modernização do relacionamento com os 😊 fãs.
Apesar de ser 100% controlada pela Liberty Media, o Formula One Group tem ações do tipo "Tracking Stocks" na Nasdaq.
Na 😊 última sexta-feira, o grupo valia US$ 16 bilhões, com receita anual estimada em US$ 2 bi e Ebitda de US$ 😊 500 milhões.
Resumidamente, as tracking stocks geralmente tem pouco ou nenhum direito a voto, os recursos aportados servem apenas para pagamento 😊 de dívidas ou investimentos no próprio negócio e elas são uma forma de levantar capital para unidades de negócios específicas 😊 de grandes conglomerados.
Algo, inclusive, que deveria ser pensado no Brasil quando falamos em clubes de futebol.
Mas fica para um próximo 😊 artigo.
Quando os árabes oferecem um prêmio de 25% sobre o suposto valor de mercado da Fórmula 1, isso indica muitas 😊 coisas.
Primeiro que trata-se de um negócio de exposição e interesse.
A Arábia Saudita é dona da Aramco, uma das maiores patrocinadoras 😊 da categoria.
O aumento da quantidade de corridas nos países árabes trouxe maior visibilidade a eles, e a Copa do Qatar 😊 coroou este momento de exposição.
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Para a Liberty Media seria ótimo se apropriar de um ganho nominal de 😊 mais de quatro vezes o investimento inicial, num valuation de 40x o Ebitda de 2021.
Por mais que siga crescendo – 😊 saímos de 20 corridas em 2017 para 23 em 2023, com maior exposição e crescimento de bases de fãs – 😊 há limites.
Entre 2016 e 2022, as receitas cresceram 47% (de US$ 1,7 bilhão para US$ 2,5 bilhão).
Mas um dos aspectos 😊 relevantes para o comprador pode ser menos o financeiro e mais o apelo de exposição.
Inclusive porque parte do crescimento recente 😊 da Fórmula 1 veio da maior exposição ao mercado norte-americano, que culminará no GP de Las Vegas em 2023.
Logo, nem 😊 todo investimento tem necessariamente que trazer retornos financeiros.
Por vezes, ele vale simplesmente pelo fato de se tornar dono de algo 😊 que muitos admiram.
Isso traz retornos de imagem e em negócios secundários.
O esporte vira um veículo para outros ganhos.
Consolidação no Mundo 😊 do Streaming
Nesta semana, foi anunciado um acordo de compartilhamento de conteúdo entre Amazon Prime e DAZN, por meio do qual 😊 a Amazon Prime Video disponibilizará o conteúdo da DAZN a seus assinantes na Espanha e Alemanha, cobrando um valor adicional 😊 ao assinante.
A guerra do streaming vem gerando mudanças importantes na indústria.
Depois de uma grande fragmentação de oferta, vimos o aumento 😊 do interesse nos esportes, primeiro com conteúdo gravado e depois com partidas ao vivo.
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Agora começamos o que 😊 parece ser uma nova fase do streaming, que é a consolidação.
O movimento de Amazon com DAZN vai nessa direção.
O DAZN 😊 fez enormes investimentos recentemente em aquisições de direitos na Europa, de forma a aumentar o porte e virar alvo de 😊 interesses.
Não há dúvidas que a consolidação passa necessariamente pelos gigantes do setor, e a Amazon já se mostrou interessada em 😊 se tornar referência em termos de transmissões esportivas.
Outras empresas iniciaram um namoro com o esporte.
A Disney já faz há anos 😊 com a ESPN e tem reforçado a aposta.
A Apple entrou na MLB e na MLS.
A Comcast já atua fortemente na 😊 Europa por meio da Sky.
Temos a Paramount + (da gigante americana CBS) entrando no mercado.
O acordo Amazon/DAZN se junta ao 😊 acordo Globo/Premiere/Amazon e vai criando musculatura.
No Brasil, ainda temos um mercado que está alguns passos atrás, na fase de pulverização 😊 das transmissões, mas que, em algum momento, deve seguir o rumo natural de maturidade de todas as indústrias, que é 😊 a consolidação.
Ou seja, muitas vezes a aceleração de crescimento não busca o retorno imediato operacional, mas sim o aumento de 😊 poder de mercado para aumentar o valor do ativo numa negociação futura.
Vender o DAZN com três direitos gera menos valor 😊 que vende-lo com dez.
Portanto, é preciso estar atento aos movimentos de hoje, mas com um olhar nas próximas jogadas.
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Diversificar para explorar a marca
O Flamengo e o BRB anunciaram que o Banco Central autorizou a constituição de uma 😊 empresa para gerir o Nação BRB Fla, que é uma operação digital dentro do BRB.
Ainda há pouca clareza sobre o 😊 processo.
Veja, alguns lugares anunciaram o Nação BRB Fla como um novo banco, outros o anunciaram como uma empresa que vai 😊 gerir o produto dentro do BRB.
São coisas diferentes, que apontam para riscos diferentes, que vão da necessidade de disponibilizar patrimônio 😊 para cobrir eventuais problemas, até gestão e compartilhamento de custos.
Aqui há dois aspectos que precisam ser avaliados.
O primeiro é a 😊 estratégia do Flamengo, que faz sentido.
Num ambiente em que a profissionalização vai se tornando gênero de primeira necessidade, e ela 😊 vem associada a capital injetado por novos acionistas nas SAFs, buscar alternativas de ampliar receitas e entrada de recursos além 😊 do tradicional é imperativo.
A estratégia do Flamengo é positiva porque explora a marca, um mercado consumidor bastante grande, sem necessariamente 😊 abrir mão de participação acionária no clube.
Do ponto-de-vista tático, sem conhecer dados da operação além do número de correntistas, não 😊 dá para dizer muita coisa.
Aliás, dá: é um mercado feroz, altamente concorrido, com players de bolso fundo e dispostos a 😊 perder dinheiro por algum tempo até que a operação estabilize.
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Além disso, operar um banco é ir além 😊 de emitir cartão de crédito e oferecer uma conta sem tarifas.
Há custos operacionais, os bancos ganham dinheiro operando serviços como 😊 seguros, crédito, fazendo o cliente consumir o cartão e pagar a conta.
Gerir inadimplência é um trabalho duro.
Digamos, portanto, que a 😊 estratégia é interessante, mas ousada.
Não lembro de nenhuma outra ação semelhante em outros mercados que tenha surtido resultados impressionantes, nem 😊 mesmo a de uso de serviços mais simples e "commoditizados", como operação de celular pré-pago.
Inclusive nesse mundo dos bancos digitais 😊 nichados de clube fiz algumas análises nos primeiros negócios e ficava claro que o esforço para obter os resultados que 😊 eram vendidos era hercúleo, e até hoje nada muito promissor foi divulgado.
Independentemente disso, é uma alternativa que pode gerar novas 😊 receitas no futuro.
Se bem estruturada, pode ser um golaço.
Ou seja, nem sempre os resultados vêm apenas da atividade básica.
Ter uma 😊 visão de negócio ampla, que seja capaz de explorar múltiplas possibilidades é uma alternativa de adaptação a um mercado cada 😊 vez mais competitivo.
É preciso apenas ponderar riscos e oportunidades, calibrando a expectativa.
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No final, voltamos sempre a alguns 😊 conceitos básicos da vida: pedras que rolam não criam limo.
Quem ainda não entendeu isso em 2023 tem mais de um 😊 problema para resolver.
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pois da moda da marca Nike foi relançada e a história foi lançada.
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