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Operação Penalidade Máxima do MP-GO apura atuação de grupo criminoso no aliciamento de jogadores do Campeonato Brasileiro

Em 18 de abril, 1️⃣ o MP-GO (Ministério Público de Goiás) realizou a 2ª fase da operação Penalidade Máxima.

O inquérito apura a atuação de um 1️⃣ grupo criminoso responsável por aliciar jogadores de futebol a tomar ações no campo para influenciar o resultado de apostas em 1️⃣ troca de dinheiro.

A investigação ganhou notoriedade nacional na 3ª feira (9.mai.

2023) com o indiciamento de jogadores da série A do 1️⃣ Campeonato Brasileiro (eis a íntegra da denúncia – 15,6 MB).

Até o momento, 15 jogadores foram denunciados e 7 se tornaram 1️⃣ réus.

O MP-GO cobra dos envolvidos ressarcimento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos.

A investigação é conduzida pelo:publicidade

Gaeco, Grupo de 1️⃣ Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado; e

GFUT, Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol.

Segundo a investigação do 1️⃣ MP-GO, a atuação do grupo criminoso funcionava da seguinte forma:PENALIDADE MÁXIMA

A operação Penalidade Máxima foi iniciada em novembro de 2022 1️⃣ a partir de uma denúncia de Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova Futebol Clube, que também é policial militar.

O 1️⃣ clube, sediado em Goiânia (GO), identificou a manipulação de 3 partidas da Série B do Campeonato Brasileiro para atender a 1️⃣ interesses de apostadores.

Um dos envolvidos era o volante Romário, jogador do próprio Vila Nova que foi ameaçado depois de não 1️⃣ cumprir um dos acordos que lhe renderia R$ 150 mil.

A 1ª fase da investigação foi deflagrada em 14 de fevereiro, 1️⃣ quando foram cumpridos mandados de busca, apreensão e uma prisão temporária em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e 1️⃣ Rio de Janeiro.

Já a 2ª fase identificou a influência do grupo criminoso em 8 partidas da Série A do Campeonato 1️⃣ Brasileiro.

Nos 16 jogos investigados, a operação identificou ao menos 23 fatos criminosos ocorridos.

Dos 16 réus, 7 são jogadores de futebol 1️⃣ e 9 são apostadores ligados ao grupo criminoso.

Jogadores denunciados

Leia na lista abaixo os jogadores denunciados e seus respectivos clubes, com 1️⃣ os réus em negrito e a situação contratual entre parênteses:

Allan Godói – Operário-PR (segue atuando)

André Luiz – ex-Ituano (contrato rescindido)

Eduardo 1️⃣ Bauermann – Santos (afastado)

Fernando Neto – São Bernardo (afastado)

Gabriel Domingos – Vila Nova (contrato rescindido)

Gabriel Tota – Ypiranga-RS (segue atuando)

Igor 1️⃣ Cariús – Sport (segue atuando)

Joseph – ex-Tombense (contrato rescindido)

Mateusinho – ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá

Matheus Gomes – sem clube (não 1️⃣ atua desde abril)

Paulo Miranda – ex-Náutico (contrato rescindido)

Paulo Sérgio – ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário (segue atuando)

Romário – ex-Vila Nova 1️⃣ (contrato rescindido)

Victor Ramos – Chapecoense (segue atuando)

Ygor Catatau – ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã (segue atuando)

Outros 4 jogadores 1️⃣ fecharam acordos com o Ministério Público no Rol de Testemunhas e Informantes:

Jarro Pedroso – Inter de Santa Maria;

Kevin Lomónaco – 1️⃣ Bragantino;

Moraes – Atlético-GO; e

Nikolas Farias – Novo Hamburgo-RS.

Reprodução Um dos diálogos pelo WhatsApp mostra o zagueiro Bauermann, do Santos, sendo 1️⃣ pressionado a cumprir com o acordo dos apostadores

Nome dos apostadores envolvidos

Com a deflagração da 2ª fase, 9 apostadores se tornaram 1️⃣ réus.

O principal investigado é Bruno Lopez de Moura, apontado como líder da quadrilha.

Sua mulher e sócia na empresa BC Sport 1️⃣ Management, Camila da Silva Motta, foi indiciada, mas não é ré no inquérito.

Ela é responsável pelas transferências financeiras a atletas 1️⃣ e teria movimentado ao menos R$ 2,1 milhões em 2022.

Leia os nomes dos integrantes do grupo abaixo:

Bruno Lopez de Moura 1️⃣ – líder do grupo;

Camila da Silva Motta – mulher de Bruno;

Ícaro Fernando Calixto dos Santos;

Luís Felipe Rodrigues de Castro;

Pedro Gama 1️⃣ dos Santos Júnior;

Romário Hugo dos Santos;

Thiago Chambó Andrade;

Victor Yamasaki Fernandes;

William de Oliveira Souza;Zildo Peixoto Neto.

Partidas suspeitas

Ao todo, 16 partidas são 1️⃣ investigadas, sendo 3 da 1ª fase da operação e 13 incluídas na 2ª fase.

São 8 da série A, 4 da 1️⃣ série B, duas do Campeonato Paulista e outras duas do Campeonato Gaúcho.

Leia na lista abaixo:

Palmeiras 2 x 1 Juventude – 1️⃣ Série A (10.set.2022);

Juventude 1 x 1 Fortaleza – Série A (18.set.2022);

Ceará 1 x 1 Cuiabá – Série A (16.out.2022);

Sport 5 1️⃣ x 1 Operário – Série B (28.out.2022);

Santos 1 x 1 Avaí – Série A (5.nov.2022);

Goiás 1 x 0 Juventude – 1️⃣ Série A (5.nov.2022);

Bragantino 1 x 4 América-MG – Série A (5.nov.2022);

Criciúma 2 x 0 Tombense – Série B (5.nov.2022);

Sampaio Corrêa 1️⃣ 2 x 1 Londrina – Série B (5.nov.2022);

Cuiabá 1 x 1 Palmeiras – Série A (6.nov.2022);

Vila Nova 0 x 0 1️⃣ Sport – Série B (6.nov.2022);

Botafogo 3 x 0 Santos – Série A (10.nov.2022);

Portuguesa 3 x 0 Red Bull Bragantino – 1️⃣ Campeonato Paulista (21.jan.2023);

Guarani 2 x 1 Portuguesa – Campeonato Paulista (8.fev.2023);

Esportivo 0 x 0 Novo Hamburgo – Campeonato Gaúcho (11.fev.2023); 1️⃣ e

Caxias 3 x 1 São Luiz – Campeonato Gaúcho (12.fev.2023).

Clubes se manifestam

Parte dos clubes que tiveram jogadores citados –mas não 1️⃣ denunciados– na investigação tomaram medidas internas para se blindar do escândalo.

Além de seminários sobre ética no esporte, atletas citados na 1️⃣ investigação também foram afastados dos elencos ou tiveram os contratos rescindidos.

Foi o caso dos atletas:

Alef Manga (Coritiba)

Bryan Garcia (Athletico-PR);

Jesus Trindade 1️⃣ (Coritiba);

Max Alves (Colorado Rapids, da MLS);

Pedrinho (Athletico-PR);

Nino Paraíba (América-MG);

Raphael Rodrigues (Avaí);

Richard (Cruzeiro); e

Vitor Mendes (Fluminense).

Houve ainda 2 casos de jogadores 1️⃣ citados no esquema que não foram afastados do time até a publicação desta reportagem: Nathan (Grêmio) e Maurício (Internacional).

Medidas anunciadas 1️⃣ pela CBF

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) afirmou na 4ª feira (10.

mai) que não vai suspender o Brasileirão de 2023 1️⃣ durante as investigações.

A possibilidade foi levantada depois da denúncia do MP-GO de possíveis fraudes em 13 partidas.

Leia a íntegra da 1️⃣ nota (49 KB).

"Não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa.

[A CBF] vem trabalhando em conjunto com a FIFA 1️⃣ e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação.

Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis 1️⃣ atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos", disse a entidade.

A CBF ainda colocou-se 1️⃣ à disposição para colaborar com as investigações e afirmou que, comprovados os fatos, punições cabíveis serão aplicadas.

Pelo artigo 41-C do 1️⃣ Estatuto do Torcedor, a punição prevista nesses casos é de prisão de 2 a 6 anos e multa.

Já no Código 1️⃣ Brasileiro de Justiça Desportiva, a manipulação pode resultar em multa de R$ 100 a R$ 100 mil, 6 a 12 1️⃣ partidas de punição, suspensão de 180 a 360 dias ou banimento do esporte.

De acordo com a nota, o presidente da 1️⃣ CBF, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao (Ministério da Justiça e Segurança Pública) solicitando que a 1️⃣ PF (Polícia Federal) entre no caso para centralizar as informações sobre as suspeitas.

PF E CPINa 4ª feira (10.

mai), o ministro 1️⃣ Flávio Dino comunicou ter determinado que a PF (Polícia Federal) instaurasse um inquérito para apurar as suspeitas de manipulação de 1️⃣ resultados de jogos esportivos.Na 5ª (11.

mai), disse que "atos concretos", como depoimentos e bloqueio de bens, devem ser conduzidos nas 1️⃣ próximas semanas para prevenir a "perpetuação de outros crimes".

Na Câmara, uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) também foi criada no 1️⃣ final de abril para apurar as denúncias.

Leia aqui o requerimento de criação (419 KB).

A comissão que analisará a manipulação de 1️⃣ resultados terá 34 integrantes e igual número de suplentes.

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