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25 _____________________________________________________________________________________________ Motriz – Volume 1, Número 1, 25 -31, junho/1999 ESPORTE NA ESCOLA: MAS É 🌧️ SÓ ISSO, PROFESSOR? Irene Conceição Rangel Betti 1 _____________________________________________________________________________________ Do ponto de vista do aluno, parecer haver realmente um identificação 🌧️ do significado da discilplina Educação Física com o esporte, principalmente a partir da 5ª série do primeiro grau.
Aproximadamente 80% dos 🌧️ escolares entrevistados por CAVIGLIOLI (1976) consideraram a Educação Física sob uma ótica esportiva.
Não há mal algum nisto, desde que possa 🌧️ haver oportunidades para conhecimento de outras práticas, e o indivíduo tenha condições de optar.
Mas ocorre que até os alunos percebem 🌧️ a existência de outras possibilidades mas estas não são veiculadas na escola.
Em pesquisa desenvolvida em oito escolas, públicas e particulares 🌧️ (BETTI, 1992), verifiquei que o conteúdo desenvolvido raramente ultrapassa a esfera esportiva; mais do que isto, restringe-se ao voleibol, basquetebol 🌧️ e futebol.
Fato ainda mais alarmamente foram as respostas dos alunos que, na maioria, afirmaram que gostariam de aprender outros conteúdos.
Observando 🌧️ estes pressupostos, o objetivo deste artigo é, baseado em bibliografia pertinente e em minha experiência profissional, discutir o que leva 🌧️ professores de Educação Física a optarem apenas pelos conteúdos esportivos, e sugerir formas de utilização de outros conteúdos.
RESUMO: O esporte 🌧️ tornou-se, nas últimas décadas, o conteúdo hegemônico das aulas de Educação Física, porém apenas algumas modalidades esportivas são eleitas pelos 🌧️ professores.
Este ensaio procura discutir por que outras modalidades, e conteúdos não-esportivos pouco são utilizados.
além de sugerir algumas possibilidades de uso 🌧️ destes conteúdos.
UNITERMOS: Educação Física Escolar, Esporte na escola INTRODUÇÃO Atualmente, o esporte é o veiculo mais utilizado como forma de 🌧️ difusão do movimento corporal na escola de 1° e 2º graus.
Mais do que isto, somente algumas modalidades esportivas tais como 🌧️ o futebol, basquetebol e voleibol fazem parte do conteúdo das aulas de Educação Física.
Outras modalidades como o atletismo e a 🌧️ ginástica artística raramente são difundidas entre os escolares desta faixa etária.
Tendo em vista que os currículos que formam os professores 🌧️ incluem disciplinas como dança, capoeira, judô, atividades expressivas, ginástica, folclore e outras, de acordo com as opções de cada instituição, 🌧️ como explicar a pouca utilização destes conteúdos? Falta de espaço, de motivação, de material? Comodismo? Falta de aceitação destes conteúdos 🌧️ pela sociedade? Ou será que os professores desenvolvem somente os conteúdos com os quais têm maior afinidade? Professora-Assistente do Departamento 🌧️ de Educação Física do Instituto de Biociências da UNESP de Rio Claro e doutoranda em Educação da UFSCar.
A INSTITUIÇÃO ESPORTIVA 🌧️ E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR A Educação Física tem no movimento tanto um meio quanto um fim para atingir seu objetivo 🌧️ educacional dentro do contexto escolar.
O movimento pode ser entendido como uma atividade, no caso 26 _____________________________________________________________________________________________ Motriz – Volume 1, 🌧️ Número 1, 25 -31, junho/1999 corporal, que se manifesta através do jogo, do esporte, da dança ou da ginástica.
A escola 🌧️ assumiu o ensino do esporte, praticamente como única estratégia.
E esta é uma constatação fácil de ser percebida em toda instituição 🌧️ escolar, tenha ela ou não estrutura para tal.
Segundo BRACHT (1992) apesar da Educação Física haver lançado mão de um amplo 🌧️ leque de objetivos, como o desenvolvimento do sentimento de grupo, cooperação, etc, o objetivo da escola é tão somente a 🌧️ aprendizagem do esporte, ficando a ginástica e a corrida, por exemplo, como simples aquecimento, além dos jogos populares terem sido 🌧️ transformados em "jogos pré- desportivos".
O esporte passou a ser o conteúdo hegemônico da Educação Física.
Sentidos tais como o expressivo, o 🌧️ criativo e o comunicativo, que se manifestam em outras atividades de movimento, não são explorados quando o conteúdo escolar é 🌧️ apenas o esportivo (KUNZ, 1989).
Esta situação tem suas razões históricas, nem sempre lembradas.
Tendo como marco histórico a Revolução Industrial, ocorrida 🌧️ na Inglaterra primeiramente, e espalhando-se a partir de 1850 para outros países da Europa e América, pode-se dizer que a 🌧️ Educação Física inglesa, diferentemente de outros países, não possuía um caráter militar de disciplina e treinamento.
Assim, a contribuição maior deste 🌧️ pais foi a do esporte.
Com a ascensão da classe média ao poder político e influência social, houve uma reivindicação maior 🌧️ de privilégios educacionais que foi muito importante para o desenvolvimento e proliferação dos jogos esportivos.
Inicialmente praticado pela aristocracia, o esporte 🌧️ passou a ser praticado também pela classe média, inclusive com a criação de clubes e associações esportivas.
Sua expansão deu-se então, 🌧️ em quase todo o mundo, a partir do final do século XIX (BETTI, 1991).
A esportivização inicia-se na década de 50, 🌧️ com o Método Desportivo Generalizado, atingindo seu auge a partir da década de 70, onde o binômio mais utilizado foi 🌧️ Educação Física /Esportes, chegando o governo a subordinar a Educação Física escolar ao esporte."Relembrando.
no Brasil os elementos da cultura corporal/movimento 🌧️ predominantes na Educação Física foram.
num primeiro momento.
a ginástica e, num segundo - e esta é a situação atual - o 🌧️ esporte " (BRACHT,1992).
Segundo KUNZ (1991) esquece-se que o esporte não é um fenômeno natural e sim, fruto da sociedade industrial 🌧️ moderna, reproduzindo, portanto, o proposto por esta sociedade no tocante às ideologias e à imagem de Homem.
Sendo repassado nas escolas, 🌧️ é aceito como um saber inquestionável e evidente, sem transformações didáticas que o possam problematizar, tomando o individuo autônomo e 🌧️ capaz de competência social, um ser Sujeito de como fazer analise de um jogo de futebol ação.
Os códigos do esporte, tais como o rendimento atlético- desportivo, a 🌧️ competição, comparação de rendimentos e recordes, regulamentação rígida, sucesso esportivo e sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas são 🌧️ utilizados pela Educação Física Escolar, e condicionam-se mutuamente, acabando a escola por desempenhar o papel de fornecer a "base" de 🌧️ uma pirâmide para o esporte de rendimento.
O professor passa a professor-treinador e o aluno a aluno-atleta, uma vez que falta 🌧️ uma definição do papel do professor de Educação Física (BRACHT, 1992).
BELBENOIT (1976) acredita que o esporte é capaz de forjar 🌧️ o hábito, a necessidade e -li vontade de viver sadiamente, sendo a forma mais rica e adaptada de nosso tempo, 🌧️ mas que a finalidade própria do esporte não é a educação.
Apesar de se remeter ao esporte alguns objetivos tais como 🌧️ a saúde, a moral e o valor educativo, ele não o será, a menos que um professor/educador faça dele um 🌧️ objeto e um meio de educação.
Se o aprendizado dos esportes restringir-se ao processo ensino-aprendizado de técnicas, gestos automatizados, onde somente 🌧️ o professor-técnico as 27 _____________________________________________________________________________________________ Motriz – Volume 1, Número 1, 25 -31, junho/1999 conhece e domina, ou seja seu 🌧️ Sentido/Significado é compreendido somente pelo professor e ao aluno cabe executá-las da melhor forma, não será possível um questionamento sobre 🌧️ esta prática, a qual pode parecer "natural".
Isto não quer dizer que se queira negar totalmente o esporte mas sim, levantar 🌧️ questões sobre como fazer analise de um jogo de futebol orientação no sentido do Princípio de Rendimento e Concorrência, que selecionam os melhores, classificam e relegam os 🌧️ mais fracos.
Há necessidade de mudanças tanto da "Ação" prática quanto da "Reflexão" teórica.
"A transformação didática dos esportes visa, especialmente.
a que 🌧️ a totalidade dos alunos possa participar.
em igualdade de condições, com prazer e com sucesso.
na realização destes esportes" (KUNZ, 1991, Para 🌧️ PORCHER (1977) aumentar ou diminuir o número de horas dedicadas ao esporte não o tornarão necessariamente educativo.
É preciso aceitar que 🌧️ o esporte (queira-se ou não) tornou-se um fenômeno social massivo devido à mídia, ao mundo dos negócios, aos periódicos especializados, 🌧️ etc (o mesmo acontece com o cinema, por exemplo e, no entanto, seu valor enquanto arte não é questionado); o 🌧️ esporte exerce um papel social (e isso não é depreciativo) e, por outro lado, é constituído pela atividade fisica pura.
Não 🌧️ é possível adotar a "política do avestruz" ocultando qualquer um destes papéis.
A função do professor é a de promover o 🌧️ entendimento dos vários sentidos que os jogos esportivos possam ter, a resolução de conflitos que possam surgir em como fazer analise de um jogo de futebol realização 🌧️ e a compreensão, e até, alteração de suas regras2.
É preciso aprender a discutir o que acontece no esporte, por exemplo 🌧️ a questão política dos boicotes olímpicos, os ídolos, e não simplesmente negá-los.2 BETTI.I.C.R.
Reflexões a respeito do esporte como meio educativo 🌧️ em aulas de Educacão física escolar.
Revista Brasileira de Ciência e Movimento.no prelo.
O professor de Educação Física é o mais indicado 🌧️ par abordar estes assuntos, sem no entanto, transformar a aula em pura teoria (PORCHER, 1977).
Estas considerações demonstram que, apesar da 🌧️ forma como o esporte é transmitido nas escolas, ele ainda é hegemônico no ensino da Educação Física de 10.e 20.
graus, 🌧️ ou seja, a cultura predominante na escola é a cultura esportiva.
Entretanto, faltam muitas coisas.
É possível compreendermos nosso corpo, nossa expressão 🌧️ somente através da cultura esportiva? Parece-me que não.
Nas crianças que entrevistei, a compreensão do corpo não foi sequer citada.
Parece-me, portanto, 🌧️ que falta alguma coisa.
Falta aos professores adquirir uma nova forma didática de ensinar o esporte, abordando a teoria (cognitiva, social 🌧️ e cultural) juntamente com a prática.
Mas falta ainda um outro tipo de mudança, que é a introdução de novas modalidades 🌧️ esportivas, os diferentes tipos de dança e as atividades expressivas.
OPERAR TRANSFORMAÇÕES Várias sugestões de mudanças, tanto na forma de se 🌧️ repensar o esporte na escola, quanto na introdução de outras formas de atividades, têm sido proclamadas por diversos autores, inclusive 🌧️ apontando as dificuldades inerentes a este processo.
Uma solução, na visão de KUNZ (1989), seria basear-se na "ação comunicativa" do processo 🌧️ de ensino, onde há uma formação especial de interação entre Educador e Educando, com uma práxis social.TAFFAREL et aI.
(1992), por 🌧️ exemplo, propõe que os alunos aprendam: ...
"a ginástica em todas as suas formas historicamente determinadas e culturalmente construídas; o fantástico 🌧️ acervo de jogos que eles conhecem confrontados com os que não conhecem; a dança enquanto uma linguagem social que permite 🌧️ a transmissão de sentimentos e emoções da afetividade 28 _____________________________________________________________________________________________ Motriz – Volume 1, Número 1, 25 -31, junho/1999 vivida 🌧️ nas esferas da religiosidade, do trabalho.
dos costumes etc; o esporte como prática social que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal 🌧️ universal, e que se projeta numa dimensão complexa que envolve códigos, sentidos e significados da sociedade que o cria e 🌧️ pratica (p.219).
Infelizmente presencio uma enorme resistência dos professores face a novas propostas de ensino.
O mesmo parece acontecer com a escolha 🌧️ do que será oferecido como conteúdo aos alunos durante um ano letivo.
Geralmente o ano é dividido em "bimestres letivos".
No 1° 🌧️ bimestre é oferecido o futebol no 2º o handebol, no 3º o basquetebol e no 4º bimestre o voleibol.
Se esta 🌧️ programação é cumprida, pelo menos consegue-se mostrar aos alunos quatro modalidades.
O problema é quando ela é repetida para todos os 🌧️ alunos, independentemente da faixa etária e quando ela se repete ano após ano, sem alterações.
Pior ainda é quando ela fica 🌧️ apenas no papel, e os alunos vêem apenas uma modalidade durante todo o ano.
Neste ponto pergunto: onde ficam os conteúdos' 🌧️ como a dança de salão, a capoeira, a ginástica aeróbica, a musculação? Isto sem contar a ginástica artística, o folclore 🌧️ e o atletismo que também não são utilizados.
Por que isto acontece? Muitos podem ser os motivos.
Talvez o receio de mudar 🌧️ ocorra pela insegurança dos professores em relação a conteúdos que não dominam, e desta forma trabalham com o que possuem 🌧️ mais afinidade.
Ou por acreditarem que a escola não possui nem espaço.
nem material apropriado, ou ainda por acharem que os alunos 🌧️ não gostariam de aprender outros conteúdos.
A idéia geral da população de que o professor de Educação Física é um atleta, 🌧️ ou melhor dizendo.
um super- atleta, faz com que este professor sinta-se inibido para confessar que não sabe executar todos os 🌧️ conteúdos da disciplina.
Acredito que é impossível conseguir que todos os professores sejam capazes de dominar bem, a ponto de demonstrar.
os 🌧️ vários fundamentos esportivos, danças, etc.
Isto, entretanto, não impossibilita o professor de ensinar.
Desde que ele seja capaz de se interessar por 🌧️ ensinar algo que não domine, existem outras maneiras de se ensinar.
Existem, inclusive, propostas como as defendidas por MOSSTON (1978).
HILDEBRANDT e 🌧️ LAGING (1986) GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO (1991) e até mesmo as idéias advindas do construtivismo, onde o aluno é a 🌧️ base mais importante para a construção do conhecimento, onde o professor deixa de ser o controlador do conteúdo.
Quando se pensa 🌧️ em ensino e demonstração.
a primeira idéia que temos é a de que somente as crianças de pré-escola e Ia.a 4a.
série 🌧️ do primeiro grau não necessitam ver uma habilidade bem demonstrada para a aprenderem.ou seja.
o professor não precisa demonstrar um salto 🌧️ para que o aluno aprenda.
Já com os alunos mais velhos a idéia é outra, o professor precisa demonstrar.
Para quem acredita 🌧️ nisto é interessante ler os escritos de HILDEBRANDT e LAGING (1986).
Neste livro encontramos exemplos de aulas práticas onde o professor 🌧️ não utiliza a demonstração.
Além disto os próprios meios de comunicação, como a televisão.
revistas e jornais estão aí para nos ajudar 🌧️ e devem ser aproveitados.
Duas coisas importantes, entretanto, precisam ficar claras.
A primeira é que não estou invalidando a demonstração do professor.
Se 🌧️ ele for capaz de demonstrar, mesmo que sem extrema perfeição.
deve aproveitar esta capacidade, pois é uma forma a mais de 🌧️ ensinar.
Apenas não acredito que um professor que não consegue demonstrar não seja capaz de dar aulas, assim como não defendo 🌧️ a demonstração em todas as aulas.
O aluno precisa pensar e não somente reproduzir.
A segunda é que o professor, se não 🌧️ conhece ou não domina um conteúdo precisa estudar.
29 _____________________________________________________________________________________________ Motriz – Volume 1, Número 1, 25 -31, junho/1999 Os livros 🌧️ que descrevem os fundamentos esportivos, de ginástica, jogos ou danças precisam, sim, serem utilizados.
Tais livros foram, de certa forma, deixados 🌧️ em segundo plano, quando se iniciou um novo tipo de discussão a respeito da Educação Física como disciplina acadêmica.
Creio que 🌧️ o maior erro da Educação Física foi abandonar o que sabia fazer bem.
Partiu-se para uma nova forma de compreensão do 🌧️ movimento humano, renegando de certa forma , o conhecimento que já possuía.
Precisamos encontrar um meio termo, que é o que 🌧️ já vêm tentando alguns autores (HILDEBRANDT e LAGING, 1986, GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO, 1991; KUNZ, 1991 ; FREIRE, 1989).
A questão 🌧️ do espaço em algumas escolas é realmente um assunto delicado.
Várias escolas que conheço não possuem um espaço apropriado para a 🌧️ prática da Educação Física.
Entretanto, a restrição a que se impõe o próprio professor é, muitas vezes, o maior empecilho à 🌧️ prática.
Isto ocorre justamente pela associação aula de Educação Física/Esporte, ou seja, o professor sempre imagina uma aula na quadra, com 🌧️ bolas oficiais, etc.
Quando isto não existe na escola, ou quando a quadra não pode ser utilizada, a aula termina.
Mesmo que 🌧️ o conteúdo a ser desenvolvido seja a ginástica, por exemplo, ou a dança, a aula é, via de regra, realizada 🌧️ na quadra.
A escola acaba preocupando-se com a organização do espaço físico voltado aos padrões esportivos vigentes e adapta este espaço 🌧️ apenas com fins de competições esportivas.
Assim, em escolas temos quadras, mas não salões de dança, por exemplo; os próprios professores 🌧️ acabam não sabendo fazer outra coisa a não ser utilizar as instalações esportivas ( KUNZ, 1991).
Espaços naturais e materiais não 🌧️ convencionais são esquecidos.
Em relação ao material observa-se o mesmo tipo de problema.
Utilizam-se materiais caros, com pouca durabilidade, como no caso 🌧️ de bolas, onde nem o Estado, Prefeitura ou escola particular sente-se responsabilizado pela compra.
Entretanto, também neste item não observamos uma 🌧️ renovação.
Poucos são os professores que procuram utilizar outros materiais, diferentes dos convencionais nas aulas.
Isto define, inclusive, o tipo de conteúdo 🌧️ a ser desenvolvido.
Se uma escola possui apenas bolas de basquetebol, o conteúdo girará somente em tomo deste esporte.
Embora isto inviabilize 🌧️ alguns conteúdos esportivos, não impossibilita outros.
Vamos a alguns exemplos.
A dança de salão é um deles.
Para realizá-la é necessário apenas um 🌧️ espaço e gravador.
Não há necessidade de que o professor conheça todos as danças existentes, o que seria mesmo impossível.
Os próprios 🌧️ alunos podem contribuir com alguns passos ou podem realizar um pesquisa com seus familiares e amigos, levando o resultado para 🌧️ a aula.
Uma das maiores contribuições deste conteúdo é a possibilidade de participação de ambos os sexos nas aulas.
Outra contribuição importante 🌧️ é a inclusão de danças folclóricas que podem também ser adaptadas para a dança de salão.
Para as danças folclóricas pode-se 🌧️ utilizar vestimentas adaptadas com papel, jornal, etc, tomando mais rica a como fazer analise de um jogo de futebol caracterização.
Um outro exemplo é o atletismo que, apesar 🌧️ de ser considerado como um conteúdo esportivo, é aproveitado apenas em parte como a corrida de velocidade, de resistência e 🌧️ alguns saltos.
A falta de barreiras, colchões e pesos impedem a aplicação de todos as provas.
Isto também pode ser superado pela 🌧️ utilização de barreiras confeccionadas com latas, cimento e cabos de vassoura, colchões com pneus, e pesos feitos de areia e 🌧️ tecido.
Cabos de vassoura cortados em pequenos pedaços se transformam em excelentes bastões para revezamento.
O governo do Estado de Rondônia já 🌧️ lançou um pequeno manual em que são aproveitados materiais da região como cipós, bambú e latex (RONDÔNIA, 1990).
30 _____________________________________________________________________________________________ Motriz 🌧️ – Volume 1, Número 1, 25 -31, junho/1999 Sei que a utilização de material tipo sucata gerará a discussão sobre 🌧️ o papel do Estado e até das escolas particulares na compra dos materiais de Educação Física.
Concordo que esta responsabilidade realmente 🌧️ é esquecida pelas instituições.
Neste caso creio que devemos fazer duas coisas: brigar pela compra dos materiais, mas não deixar de 🌧️ oferecer um melhor conteúdo pela falta do mesmo.
Ficar de braços cruzados até a aposentadoria não resolverá nada.
Em relação ao ponto 🌧️ de vista dos alunos.
os entrevistados em BETTI (1992) que haviam aprendido apenas um ou dois esportes, afirmaram taxativamente que gostariam 🌧️ de uma maior diversificação dos conteúdos ensinados.
É claro que quando um aluno já passou pela experiência de vários conteúdos pode 🌧️ afirmar qual a como fazer analise de um jogo de futebol preferência.
Optar por um ou outro torna-se fácil; difícil é fazer uma opção aprendendo um ou dois 🌧️ conteúdos apenas.
Tive oportunidade de visitar escolas em que os professores limitavam-se a um único conteúdo Em uma delas o eleito 🌧️ era o voleibol, em outra o handebol e, mesmo em uma escola em que os alunos podiam escolher um esporte, 🌧️ esta escolha era realizada apenas entre quatro opções.
Creio que a Educação Física é muito mais rica do que isto.
CONCLUSÃO É 🌧️ impossível, atualmente, negar aos alunos, nas aulas de Educação Física de 1º e 2º graus, o aprendizado de esportes.
Mais do 🌧️ que isto, temos que aceitar que este é um fenômeno da cultura corporal de movimento e trabalhar adequadamente com ele.
O 🌧️ que não podemos aceitar é que a forma como este conteúdo é transmitido não passe pela compreensão e transformação do 🌧️ aluno.
Falta, portanto, construir uma nova forma didática de utilização dos esporte na escola que consiga delegar a este fenômeno a 🌧️ tão almejada educação pelo/através do esporte.
Apesar da importância deste tema, tentei empreender neste artigo uma outra discussão no sentido de 🌧️ questionar a pouca utilização de outras modalidades esportivas e outros conteúdos da Educação Física para que a mesma não continue 🌧️ sendo vista como o binômio Educação Física/Esporte e muito menos Educação Física/ "alguns esportes".
Vários motivos podem servir como explicação para 🌧️ o fato da não utilização de outros conteúdos.
Tentei neste artigo discutir alguns deles sem, no entanto, entrar no mérito de 🌧️ condutas destas aulas, coisa que já vem sendo discutida, como já afirmei anteriormente.
Certamente outros fatores, além dos que procurei discutir, 🌧️ podem estar intervindo na escolha dos conteúdos pelos professores de Educação Física.
Cabe agora a estes professores tomar a decisão de 🌧️ questioná-las e mudar.
Serão eles os atores reais que, efetivamente, dentro da escola, na quadra, no chão, permitirão tais mudanças.
Suas condutas 🌧️ é que mudarão, ou não, os rumos da Educação Física, suas condutas é que proporcionarão, ou não, um crescimento contínuo 🌧️ da Educação Física.
SPORT IN SCHOOL: IS THAT ALL, TEACHER ABSTRAT Sport became.
in the last decades.
an hegemonic content of Physical Education 🌧️ classes.However.
only a few of sport modalities are choosen by Physical Education teaches.
This article discusses why other modalities and nonsportive contents 🌧️ are less utilized and it proposes some possibilities for the use of these contents.
UNITERMS: School Physical Education.
Sports in school 31 🌧️ _____________________________________________________________________________________________ Motriz – Volume 1, Número 1, 25 -31, junho/1999 BELBENOIT, G.
O desporto na escola..
Lisboa: Estampa, 1976.BETTI, M.
Educação Física e 🌧️ sociedade.
São Paulo: Movimento, 1991.BETTI, I.C.R.
O prazer em aulas de Educação Física Escolar: a perspectiva discente.
Campinas: FEF- UNICAMP, 1992.
Dissertação (Mestrado em 🌧️ Educação Física Escolar).BRACHT, V.
Educação Física e aprendizagem social.
Porto Alegre: Magister, 1992.CA VIGLIO LI , B.
Sport et adolescents.Paris: 1.Vrin, 1976.FREIRE, J.B.
Educação 🌧️ de corpo inteiro : teoria e prática da Educação Física.
São Paulo: Scipione, 1989.
GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO UFPe-UFSM Visão didátíca da 🌧️ Educação Física: crítica e exemplos práticos de aulas.
Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1991.HILDEBRANDT, H.& LAGING, R.
Concepções abertas no ensino 🌧️ da Educação Física.
Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1986.KUNZ, E.
O esporte enquanto fator determinante da Educação Física.
Contexto & Educação, v.15, 🌧️ p.63- 73,1989.
------------Educação Física: ensino & mudanças.Ijuí: UNIJUI, 1991.MOSSTON, M.
La ensenanza de Ia Educación Fisica.
Buenos Aires: Paidos, 1978.PORCHER, Louis.
El deporte en 🌧️ Ia escuela.Stadium, v.65, p.8-11, 1977.
RONDÔNIA (Estado) Secretaria de Estado da Educação.
Coordenadoria Estadual de Ensino Rural.
Construindo e utili::ando material de Educação 🌧️ Física.
Porto Velho: Autor, 1990.TAFFAREL, C.N.Z., SOARES, C.L., ESCOBAR, M.O.
A Educação Física escolar na perspectiva do século XXI.In: MORElRA, W.W.(org.).
Educação Física 🌧️ & Esportes: perspectivas para o século XXI.
Campinas:Papirus,1992.
Newcastle Liverpool. Cruz Carlos começou como fazer analise de um jogo de futebol Frente torna Segunda Londres, ...
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